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"Este blog foi feito com o intuito de informar sobre a escola literária Barroca do sec XVII."

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Música

BARROCO

Pode ser chato ou legal
Barroco é paradoxal

Marca central é a antítese
Tem-se prazer ou martírio
Mulher é anjo ou demônio
E leva o homem ao delírio

Exageros e trocadilhos
São as marcas do cultismo
Organização das idéias
É o jogo do conceptismo

Mostra o conflito do homem
Ante a fé e o pecado
Sacanagem é proibida
E nada está liberado

Refrão

Poesia sacra ligada
Ao pecado e à salvação
Arrependimento presente
É o homem pedindo perdão

Satírica mete o pau,
No clero e na sociedade
Políticos e bajuladores
Têm que enfrentar a verdade

Gregório de Matos é exemplo
Do barroquismo eterno
Descia a lenha em todos
Chamado Boca do Inferno

Refrão

Se Gregório é depravado
Padre Vieira é abençoado
Defende judeus da perseguição
E índios da escravidão

Em uma estrutura clássica
Apresenta seu sermão
O da Sexagésima questiona
O efeito da pregação

E no contraste de idéias
Barroco foi se firmando
Como a arte do conflito
Com a Igreja dominando
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sábado, 25 de julho de 2009

O barroco

Marco inicial:1601 com a publicação da obra épica " Prosopopéia" de autoria de Bento Teixeira.
A obra Prosopopéia foi escrita para a exaltação de um homem-Dom Jorge de Albuquerque Coelho- gestor de pernambuco. A obra é considerada uma cópia do poema épico "Os Lúsiadas" de utoria de Cammões.
A reação católica ao protestanismo teve grande influência na definição das características do barroco. Na origem dessas características, há uma tensão que nasce da tentativa de fundir visões opstas:a perspectivas antropocêntrica,herdada do renascimento, ea teocêntrica, resgatada pela contra-reforma.
Como consequencia dessas posturas conflitantes, a arte barroca será marcada pela angústia de um ser humano atormentado por grandes dúvidas existênciais.
O Barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século XVI até ao século XVIII. Foi inspirado no fervor religioso e na passionalidade da Contra-reforma. Didaticamente falando, o Período barroco, vai de 1580 a 1756.
No Brasil, o período foi marcado por novas diretrizes na política de colonização, e estabeleceram-se engenhos de cana-de-açúcar na Bahia. Salvador, como capital do Brasil, transformou-se em um núcleo populacional importante, e como consequência, um centro cultural que, mesmo timidamente, fez surgir grandes figuras, como Gregório de Matos. O Barroco Brasileiro teve início em 1601, tendo como obra significativa, Prosopopéia, de Bento Teixeira, terminando com as obras de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, uma introdução ao Neoclassicismo.
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Manuel Botelho de Oliveira


Foi o primeiro autor nascido no Brasil a ter um livro publicado.
Cursou Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. De volta ao Brasil, passou a exercer a advocacia e se elegeu vereador da Câmara de Salvador. Em 1694 tornou-se capitão-mor dos distritos de Papagaio, Rio do Peixe e Gameleira, cargo obtido em função de empréstimo de 22 mil cruzados para a criação da Casa da Moeda, na Bahia.
Manuel Botelho de Oliveira conviveu com Gregório de Matos e versou sobre os temas correntes da poesia de seu tempo.
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Bento Teixeira


De biografia nebulosa, alguns o consideram brasileiro. No entanto, outra corrente o considera português. Há controvérsia também sobre o local de sua morte: alguns afirmam ser em Pernambuco; outros afirmam ser em Lisboa.
É considerado o primeiro poeta do Brasil. Tal afirmação é citada na obra "Biblioteca Lusitana" de Abade Machado e em livros de Artur Mota. No entanto, essa afirmação vem sendo questionada por vários historiadores.
Apesar de ter vivido grande parte de sua vida no Brasil, Bento Teixeira nasceu na cidade do Porto. Era filho de Manuel Alvares de Barros e Lianor Rodrigues, ambos cristãos. Essa informação está presente no segundo volume do livro "Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil" de Rodolfo Garcia.
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Padre Antonio Vieira




Nascido em lar humilde, na Rua do Cónego, perto da Sé, em Lisboa, foi o primogénito de quatro filhos de Cristóvão Vieira Ravasco, de origem alentejana cuja mãe era filha de uma mulata ou africana, e de Maria de Azevedo, lisboeta. Cristóvão serviu na Marinha Portuguesa e foi, por dois anos, escrivão da Inquisição. Mudou-se para o Brasil em 1609, para assumir cargo de escrivão em Salvador, mandando vir a família em 1618.
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Aleijadinho


Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa. Praticamente todos os dados sobre sua vida são derivados de uma biografia escrita em 1858 pelo jurista Rodrigo José Ferreira Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de pessoas que conheceram o artista

Igreja de São Francisco em Ouro Preto, com uma magnífica portada em pedra-sabão realizada pelo Aleijadinho.

O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma “Memória” escrita em 1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras. Também é mencionado que Antônio Francisco era filho de um afamado mestre-de-obras português, Manuel Francisco Lisboa, que além de construtor atuava como arquiteto

A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de Manuel Francisco Lisboa e sua escrava africana, Isabel (ou Izabel). O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam do fato de que o nome do pai que figura na certidão é Manuel Francisco da Costa, e não Lisboa, o que poderia ser devido a um erro do escrivão. Outra fonte de dúvidas é a certidão de óbito do Aleijadinho, datada de 18 de novembro de 1814, na qual consta que o artista faleceu aos 76 anos de idade. A confiar neste documento, ele deveria haver nascido em 1738

Antônio Francisco teve um filho natural – fora do casamento - aos 47 anos, a quem chamou Manuel Francisco Lisboa, mesmo nome do avô. Teve também vários meio-irmãos, frutos do casamento do seu pai. Um destes meio-irmãos, padre Félix Antônio Lisboa, também foi escultor.


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Gregorio de Matos


Gregório nasceu numa família com o poder financeiro alto em comparação a época, empreiteiros de obras e funcionários administrativos (seu pai era português, natural de Guimarães). Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era portuguesa, já que o Brasil só se tornaria independente no século XIX.

Em 1642 estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia. Em 1650 continua os seus estudos em Lisboa e, em 1652, na Universidade de Coimbra onde se forma em Cânones, em 1661. Em 1663 é nomeado juiz de fora de Alcácer do Sal, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época.

Em 27 de Janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Câmara da Bahia outorga-lhe o cargo de procurador. A 20 de Janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.

Em 1679 é nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Mendonça para Desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. D. Pedro II, rei de Portugal, nomeia-o em 1682 tesoureiro-mor da , um ano depois de ter tomado ordens menores. Em 1683 volta ao Brasil.

Frontispício de edição de 1775 dos poemas de Gregório de Matos.

O novo arcebispo, frei João da Madre de Deus destitui-o dos seus cargos por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções de que o tinham incumbido.

Começa, então, a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal"). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e, mesmo, sagrados.

Entre os seus amigos encontraremos, por exemplo, o poeta português Tomás Pinto Brandão.

Em 1685, o promotor eclesiástico da Bahia denuncia os seus costumes livres ao tribunal da Inquisição (acusa-o, por exemplo, de difamar Jesus Cristo e de não mostrar reverência, tirando o barrete da cabeça quando passa uma procissão). A acusação não tem seguimento.

Entretanto, as inimizades vão crescendo em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do Governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola.

Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebe a permissão de voltar ao Brasil, ainda que não possa voltar à Bahia. Morre em Recife, com uma febre contraída em Angola. Porém, minutos antes de morrer, pede que dois padres venham à sua casa e fiquem cada um de um lado de seu corpo e, representando a si mesmo como Jesus Cristo, alega "estar morrendo entre dois ladrões, tal como Cristo ao ser crucificado".
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